Diz Tudo...

Diga que sou a desgraça da sua vida, o quanto te fiz sofrer, que a destruí, vou entender e até poder concordar. Continue falando o quanto dói por dento, sentimentos que parecem invisíveis, jogue na minha cara inúmeras vezes que fingi que não significava nada, corri, até cheguei a das às costas, e o quanto me esperou de volta, e eu não preocupava. Eu sei muito bem que sou impiedoso, desprezível. Aprendi muito com você quando saia e me esquecia, não se preocupava com meu bem estar, e quando dormia esquecia-se de me dar boa noite, estávamos juntos, e ao mesmo tempo bloqueados, inseguros demais pensando se daria certo, e achando que era cedo pra nos comprometer. Ainda assim, eu fiquei lá, lutei sozinho, chorei até o ponto que vi que estava feliz por isso, dei as costas a você a partir do momento que vi que já estava lá atrás, o menos importante, o último da lista. Eu queria jogar tudo pro vento, mas o medo de não conter e ir correndo buscar me deixou firme, e talvez ainda não fosse à hora. Mas você fez isso antes. Nunca me vi sofrer tanto, sem pensar você disse adeus, pegou seu carro, e se foi. Sua ultima correspondência me deixou tremulo quando disse que estava na cidade e queria me ver, certamente queria pegar as coisas que deixou comigo, resolvi não pensar nada. Fiquei feliz, e ao mesmo pensativo quando resolveu voltar, bateu em minha porta, e entrou, aonde chamava novamente de lar, eu sei que fui arrogante, e orgulhoso. Te machuquei, pode levar como vingança, mas queria estar quites, fazer perceber que não sofreu sozinha. Pode dizer que sou a desgraça da sua vida, acontece que você também é a minha, e não haveria felicidade, sem sofrer um pouco. Me chame de droga, palhaço, vagabundo, vou sorrir profundamente, e saber que sou o vicio da sua vida, o palhaço que você ama, e o vagabundo que te cuida.”